Na tarde do dia 11 de novembro o Congresso Nacional da Cáritas recebeu uma bonita e forte manifestação da juventude presente no Congresso que veio de todos os lugares do Brasil. Em Assembléia foi lida uma Carta de Compromisso da Juventude, que reproduzimos abaixo.
Leia a Carta na íntegra.
Carta aos delegados e delegadas reunidos no
IV Congresso Nacional da Cáritas Brasileira
11 de novembro de 2011
Passo Fundo \ RS
“Se as coisas são inatingíveis… ora!
Não é motivo para não querê-las…
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!”.
Nós jovens agentes Cáritas que viemos de todas as regiões do país, movidos também por essa utopia que consegue mover até as estrelas, reunidas e reunidos durante o IV Congresso e XVIII Assembléia da Cáritas Brasileira nos dirigimos à todos os delegados e delegadas e a todos os participantes deste Congresso:
Assim como os milhões de jovens do Brasil, somos sinal de vida, para quem acredita na juventude como renovação e esperança, mas também sinal de morte para quem despreza muitos e muitas de nós seja na resignação ou na criminalização, o que cria uma massa nefasta de jovens exterminados e impedidos de se enxergarem como sujeitos de direitos.
A Cáritas Brasileira, segundo o instrumento de trabalho que avalia o quadriênio e orienta este Congresso para o planejamento do próximo, reconhece que houve avanços no trabalho com as juventudes, mas ainda de forma pontual e desarticulada. Conforme a deliberação dos delegados aqui presentes nesta assembleia,o termo jovens foi inserido no estatuto da Cáritas Brasileira, comprometendo a entidade a desenvolver ações específicas e articuladas com as demais temáticas nos âmbitos da Rede Cáritas. E entendemos que não é por acaso que este avanço tenha vindo um ano após o termo ter sido inserido também na redação da Constituição Federal.
Estamos vivendo uma época de efervescência juvenil. Em 2011, a juventude tem mostrado nas ruas, do ocidente ao oriente, sensíveis sinais de indignação contra a engenharia cruel do imperialismo no mundo. A enorme crise econômica que afeta as grandes economias mundiais tem atingido de forma especial a juventude. Na América Latina, as\os jovens tem saídos ás ruas para defenderem que educação não é mercadoria, mostrando que não cabemos em qualquer rótulo e que também estamos indignadas\os contra o modelo de desenvolvimento adotado neste mundo globalizado.
Os efeitos desse modelo no Brasil têm mostrado a cada página sangrenta dos jornais diários que aqui morrem mais pessoas, especialmente jovens na cidade e no campo que em muitos países em guerra declarada. Isto, na nossa avaliação, são sinais dos tempos. Que indicam que só teremos um modelo solidário e sustentável de desenvolvimento se contribuirmos também para a juventude tenha vida, e vida em abundância, especialmente negros\as, empobrecidos\as, que estão na linha da morte.
Por isso, propomos que a Cáritas perceba cada vez mais os\as jovens enquanto protagonistas e não apenas como público-alvo das ações; participe efetivamente dos Conselhos de Juventude, desenvolva formações com lideranças juvenis; que tenha efetiva adesão à Campanha Nacional contra a Violência e Extermínio de Jovens; que a juventude possa fazer parte dos espaços de gestão e deliberação de toda à Rede. Entendemos também que a entidade deve considerar a Campanha da Fraternidade e a Jornada Mundial da Juventude de 2013 como espaços estratégicos.
Dizemos isso, porque acreditamos que “o rosto da Cáritas é jovem também”. Que assim seja.
Passo Fundo, 11 de novembro de 2011.
Leia a Carta na íntegra.
Carta aos delegados e delegadas reunidos no
IV Congresso Nacional da Cáritas Brasileira
11 de novembro de 2011
Passo Fundo \ RS
“Se as coisas são inatingíveis… ora!
Não é motivo para não querê-las…
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!”.
Nós jovens agentes Cáritas que viemos de todas as regiões do país, movidos também por essa utopia que consegue mover até as estrelas, reunidas e reunidos durante o IV Congresso e XVIII Assembléia da Cáritas Brasileira nos dirigimos à todos os delegados e delegadas e a todos os participantes deste Congresso:
Assim como os milhões de jovens do Brasil, somos sinal de vida, para quem acredita na juventude como renovação e esperança, mas também sinal de morte para quem despreza muitos e muitas de nós seja na resignação ou na criminalização, o que cria uma massa nefasta de jovens exterminados e impedidos de se enxergarem como sujeitos de direitos.
A Cáritas Brasileira, segundo o instrumento de trabalho que avalia o quadriênio e orienta este Congresso para o planejamento do próximo, reconhece que houve avanços no trabalho com as juventudes, mas ainda de forma pontual e desarticulada. Conforme a deliberação dos delegados aqui presentes nesta assembleia,o termo jovens foi inserido no estatuto da Cáritas Brasileira, comprometendo a entidade a desenvolver ações específicas e articuladas com as demais temáticas nos âmbitos da Rede Cáritas. E entendemos que não é por acaso que este avanço tenha vindo um ano após o termo ter sido inserido também na redação da Constituição Federal.
Estamos vivendo uma época de efervescência juvenil. Em 2011, a juventude tem mostrado nas ruas, do ocidente ao oriente, sensíveis sinais de indignação contra a engenharia cruel do imperialismo no mundo. A enorme crise econômica que afeta as grandes economias mundiais tem atingido de forma especial a juventude. Na América Latina, as\os jovens tem saídos ás ruas para defenderem que educação não é mercadoria, mostrando que não cabemos em qualquer rótulo e que também estamos indignadas\os contra o modelo de desenvolvimento adotado neste mundo globalizado.
Os efeitos desse modelo no Brasil têm mostrado a cada página sangrenta dos jornais diários que aqui morrem mais pessoas, especialmente jovens na cidade e no campo que em muitos países em guerra declarada. Isto, na nossa avaliação, são sinais dos tempos. Que indicam que só teremos um modelo solidário e sustentável de desenvolvimento se contribuirmos também para a juventude tenha vida, e vida em abundância, especialmente negros\as, empobrecidos\as, que estão na linha da morte.
Por isso, propomos que a Cáritas perceba cada vez mais os\as jovens enquanto protagonistas e não apenas como público-alvo das ações; participe efetivamente dos Conselhos de Juventude, desenvolva formações com lideranças juvenis; que tenha efetiva adesão à Campanha Nacional contra a Violência e Extermínio de Jovens; que a juventude possa fazer parte dos espaços de gestão e deliberação de toda à Rede. Entendemos também que a entidade deve considerar a Campanha da Fraternidade e a Jornada Mundial da Juventude de 2013 como espaços estratégicos.
Dizemos isso, porque acreditamos que “o rosto da Cáritas é jovem também”. Que assim seja.
Passo Fundo, 11 de novembro de 2011.
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